The Sound of Music

... por estes dias, com Stacey Kent

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

28.08.09 - Sobre a felicidade, em si

(ramo de flores apanhado pelo meu papá e feito para mim)
Quando eu era pequena e iamos passear ao campo, o meu pai fazia sempre um ramo para a minha mãe e outro igual, em ponto pequeno, para mim.
Adivinhem quem recebe agora a miniatura?...


Sei que estes não foram os meus dias mais felizes, por aqui.
É verdade que a idade e o tempo mudam muita coisa, mas normalmente não mudam na essência aquilo que amamos. É assim com o amor que nos une a muitas pessoas. É assim com amor que nos une a determinados lugares. Mas há circunstâncias em que os anos volvidos, associados à negligência de quem deve cuidar, comprometem gravemente o todo de uma relação. Mesmo das mais longas. E por aqui foram mais de trinta Verões vividos...
O meu amor por este lugar talvez nunca termine. Talvez se torne uma saudade nostálgica ou apenas uma doce recordação. Só o tempo o dirá. A única certeza com que parto é que, tão depressa, não nos voltaremos a encontrar.
Há momentos na vida em que se torna mais importante partir com uma réstia de saudade do que arriscar o arrependimento de ter insistido.
Há trinta anos que percorro estes caminhos. É com saudades que prefiro partir.
E é com um sorriso que, um dia, espero voltar.





quarta-feira, 26 de agosto de 2009

26.08.09 - Viagem ao passado e outras memórias

Porque é nesta natureza, nas suas cores, formas e aromas que retenho muita memória, da minha mais tenra existência.
E me encontro, em eterno retorno.



















terça-feira, 25 de agosto de 2009

25.08.09 - Por aqui...













Há dias assim...
Feitos só de imagens, sons e aromas
que nos deixam sem espaço para algo mais.
Só. Nada mais.













segunda-feira, 24 de agosto de 2009

24.08.09 - Memórias de infância e outros achados...

Chegar a Viseu é sempre um pouco como chegar a casa.
Os seus lugares são memórias de mim que revisito e reavivo, todos os anos.

E foi assim que, pelas ruas desta cidade, que continua a ter rosto e gestos de província, nos fomos perdendo nos aliciantes do comércio tradicional que, por aqui, é um must!


Acabei por não resistir e comprar um metro das minhas adoradas chitas.
Para quê?...
Sei lá!
Ainda não pensei muito no assunto, até porque estou de férias e o custo de 4,50€ também não exigia tanto trabalho prévio!

E estas seriam outras coisas que não hesitaria em comprar, se não estivesse no meu país...

Na hora de pagar: uma Nacional. Original. E ainda Operacional!
De seguida foi este o achado.
Mais uma prova de que aquilo que ainda nos continua a faltar é uma grande dose de sensibilidade e bom senso. Para mim, dois factores essenciais à vida.
Era uma antiga sapataria e luvaria da década de vinte, do século passado.
O seu estado era deplorável, devotada ao mais profundo abandono, até que a mais recente inquilina - sim INQUILINA - se decidiu a investir, por sua conta e risco, na sua recuperação.
Os móveis de madeira e os vitrais reconquistaram a beleza e nobreza de outros tempos e realojam agora o bom gosto de uma loja de decoração, num ambiente de perfeito equilíbrio, entre o tradicional e o contemporâneo.

Este recanto, de sofá, espelhos, madeira e candeeiro arte nova é totalmente original. Era o gabinete de prova, reservado aos privilegiados que, por inicio do século passado, se podiam dar ao luxo de tamanhos supérfluos!
Já em pleno séc. XXI, a M. apaixonou-se... por uma caturra!

E eu, sempre, pelos sabonetes da Ach. Brito
Mas estava na hora de pagar e seguir viagem.
Saindo deste lugar especial, rumo a outros sortidos...
Como estes, desta loja de brinquedos, onde já eu me passeava mais pequena do que a M., tradição que ela seguiu, até este ano, em que a idade dos proprietários já convida ao descanso do trabalho, de muitos e duros anos.
Vai fechar, mas ainda sobram por estes dias alguns vestígios do que fazia as delicias da criançada de outrora...


Continuando, rua fora, ainda encontramos alguns latoeiros. Não tantos quantos conheci, mas... Sinais dos tempos..
E por falar em tempo: está na altura desta, da moscatel!
E depois sempre se encontram estas maravilhosas pechinchas...
Quanto a estes, escusado será dizer que tive de explicar à M. do que se tratava, não fosse pensar que era um saco dos famosos rebuçados bola de neve, por embrulhar!
Curiosamente, para além das sapatarias e das lojas de vestidos de noiva e baptizado - cada uma mai linda que outra - aquilo que mais encontramos ainda por Viseu são drogarias, daquelas boas, que têm tudo, rigorosamente TUDO, e onde a única coisa que não conseguimos comprar (nem fotografar, helás - sim, que em Agosto, por estas bandas il faut parler le bon francais!) é o seu cheiro inconfudível, que ADORO






E falando em noivas e pechinchas...
Em tempo de crise, é aproveitar cavalheiros, é aproveitar!
(com um bocado de sorte ainda sabem engomar e cozinhar)
Já agora, estes cromos da bola, alguém conhece?...
Bom, e depois de tanta cultura e viagem pelo país real, o dia na cidade acabou num carrossel, de deixa entrar o Sol!